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II SIMPÓSIO DE FARMÁCIA FG DISCUTE NOVOS DESAFIOS DA ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO


A Faculdade Guanambi realizou, na última sexta-feira (18), o II Simpósio de Farmácia FG. Com o tema “As tendências na área Farmacêutica”, estudantes, professores e pesquisadores discutiram os novos desafios da atuação do farmacêutico no contexto do Brasil. O evento aconteceu no auditório do Salão Paroquial de Guanambi, e foi organizado pelo colegiado do curso de Farmácia, em parceria com o Diretório Acadêmico.
A professora Blície Balisa, coordenadora do curso, destacou a presença de alunos de todos os semestres, o que demonstra a participação ativa dos acadêmicos de Farmácia da FG em eventos de cunho científico. “Ficamos muito satisfeitos com o apoio dos alunos e a participação do DA na organização do Simpósio. Eventos desta natureza incentivam a pesquisa e a produção de conhecimento”, afirmou.
O evento teve como palestrantes professores e pesquisadores de projeção regional e nacional, que contribuíram para enriquecer e qualificar as discussões. Na abertura do II Simpósio, o Prof. Dr. Divaldo Pereira de Lyra Junior, da Universidade Federal de Sergipe, falou sobre a importância do papel do farmacêutico na orientação da utilização dos medicamentos.
Segundo o professor, que representa o Brasil na Organização de Farmacêuticos Ibero Latino-Americanos, 8% dos gastos totais com saúde, estão relacionados ao uso inadequado de medicamentos. Ainda segundo dados apresentados na palestra, anualmente são gastos R$ 500 bilhões de dólares em decorrência de prejuízos com medicamentos utilizados de forma inadequada.
“Os médicos não explicam, detalhadamente, aos pacientes sobre o uso correto do medicamento. Esta é uma atribuição do farmacêutico. É fundamental que tenhamos profissionais qualificados para orientar os pacientes que procuram as farmácias”, afirmou. Outro destaque nas discussões foi a ineficácia das bulas de remédios brasileiros. Para Lyra Junior, “as bulas do Brasil não são suficientemente claras nas informações essenciais quanto à utilização dos medicamentos”, o que torna iminente os perigos do uso incorreto da medicação, podendo levar a intoxicação medicamentosa e até mesmo a morte do paciente.
O Prof. Dr. Lyra Junior destacou, ainda, atribuições que são exclusivas do farmacêutico, como a revisão de farmacoterapia e a dispensação e distribuição de medicamentos. “Farmacêutico não precisa somente saber sobre medicamentos, mas precisa saber transmitir informações da forma mais clara possível ao paciente”, concluiu.
Também participaram do II Simpósio Alanna Cibelle, doutoranda em Biologia e Biotecnologia de Microrganismos; Jader Oliveira, farmacêutico bioquímico e especialista em Análises Clínicas e Saúde; e Ivellise Costa, farmacêutica do Centro de Informação sobre Medicamentos (CIM) da Universidade Federal da Bahia (UFBA).